A mais nova edição do Caderno de Registro Macu acaba de ser lançada! Desde 2012, a publicação semestral do Macunaíma tem abordado as mais recentes descobertas sobre o Sistema Stanislávski, bem como documentado a pesquisa realizada pelos professores e alunos da escola. O Caderno de Registro também procura trazer assuntos de interesse geral relacionados à arte do teatro e à pedagogia teatral.

Sua 13ª edição é dedicada à investigação sobre os colaboradores e parceiros de Stanislávski. Nesse sentido, um dossiê especialmente preparado procura destacar figuras centrais que partilharam de suas preocupações artístico-pedagógicas e contribuíram para a elaboração de seu Sistema, como Leopold Sulerjítski, Evguéni Vakhtângov, Nikolai Demídov e Maria Knebel

A Entrevista com Simone Shuba, intitulada Caminhos e Parceiros de Stanislávski, também trata da relação de parceria do mestre russo com alguns de seus principais colaboradores, como Nemiróvitch-Dântchenko, sócio de Stanislávski no Teatro de Arte de Moscou. Este é, entre outros, um dos enfoques do livro de autoria de Shuba, Stanislávski em Processo – Um Mês no Campo – Turguêniev, publicado, em 2016, pela Coleção Macunaíma no Palco da editora Perspectiva.

Homenagens especiais

Duas homenagens marcam essa edição do Caderno de Registro Macu. Uma delas a Jacó Guinsburg, de quem republicamos um artigo escrito na década de 1990 e intitulado “No Palco Stanislavskiano”. Guinsburg foi professor do Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP, diretor-presidente da Editora Perspectiva, crítico, ensaísta teatral e autor, entre outros, de Stanislávski e o Teatro de Arte de Moscou (Perspectiva, 1985).

A outra homenagem é dedicada a João das Neves, ator de teatro e cinema, diretor e dramaturgo, um dos mais importantes artistas do nosso tempo. Neves, que iniciou sua carreira teatral no final dos anos 1950, tomou parte de acontecimentos históricos do teatro brasileiro, como a fundação do Grupo Opinião, e publicou ainda em 2018 o que seria sua última obra, um livro de poemas intitulado Diálogo com Emily Dickinson.

Essas publicações são forma de manter viva a memória desses grandes mestres, que nos deixaram este ano. E, além do que foi aqui destacado, este número também conta com a seção Em Processo, que registra a criação de Trágico Bicho-Homem, espetáculo apresentado na 87ª Mostra de Teatro do Macu; Pesquisas do Macu, que traz algumas reflexões sobre o workshop ministrado por Andrei Malaev-Bábel sobre a pedagogia de Demídov; e O Aluno na Profissão, que focaliza a atuação profissional de alguns artistas formados pelo Macunaíma. Não deixe de conferir e boa leitura!

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  1. MODESTO LOPES DE BARROS

    Que coisa maravilhosa é a Escola Macunaíma! Eu quero dizer que fui aluno dela há muito tempo. Não vou dizer os anos para não denunciar a minha idade. Naqueles tempos era muito bom fazer a Macunaíma, como sei que até hoje é. Tenho muita honra em ter tido a possibilidade de adquirir meus conhecimentos no teatro através dela. Naquela época a gente tinha aula com o grande ator Sylvio Zilber, Marcelo e tantos outros. Era uma maravilha.
    Hoje, eu continua repassando o que conseguir adquirir na Macunaíma e daqui, Serra Talhada – PE., mando minhas saudações e alegrias aos que hoje continuam fazendo essa bela história do TEATRO em nosso BRASIL e na capital Paulista.

    Grande abraço a todxs

    Modesto Lopes de Barros – ex-aluno desta querida MACUNAÍMA.