Conheça o Teatro Oficina e o seu amor pelo “metiê” em uma entrevista com a atriz Camila Mota. Uma entrevista que é uma AULA PARA O TRABALHO DO ARTISTA DE TEATRO.

Quando li essa entrevista não tive como não levá-la como material de análise e reflexão para os meus alunos em sala de aula. Das palavras da atriz transbordam amor pelo teatro, pela história e pelo ser humano. É como se olhássemos para a trajetória do Teatro Oficina para compreender o nosso presente e a identidade do teatro brasileiro.

Resgatar hoje, aqui e agora essa entrevista realizada no primeiro semestre de 2015 me parece um ato de consciência. Frente a todos os enfrentamentos necessários para sobreviver em uma época de incertezas, olhamos para a trajetória do Teatro Oficina e ela nos alimenta e nos inspira a resistir.

Muitas surpresas! A escolha da estrutura para publicação da entrevista, que não se dá em um jogo de perguntas e respostas, mas de uma linha contínua e reflexiva que nos coloca em uma leitura emancipada, como espectadores ativos em um espetáculo. Na narrativa da atriz nós nos identificamos e nos reconhecemos como artistas, pesquisadores e trabalhadores do teatro. Desse modo o contato com o material da entrevista possibilita conexões e associações. Um exercício de imaginação e visualização! Você lê e vai constituindo imagens que te possibilitam visualizar o passado, o presente e vislumbrar um futuro.  

Uma leitura que pode ser uma viagem cheia de descobertas.

Boa viagem!

 

Quando o trabalho do ator é também a sua escola!

“Hoje em dia, quando tenho que preencher alguma ficha para Banco etc, eu considero que finalizei minha graduação no processo de Cacilda! e considero Os Sertões um mestrado.” [leia a matéria na íntegra https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie08.pdf ]

 

Qualquer semelhança com o presente não é mera coincidência!

“A ditadura foi um momento barra pesada, em que as pessoas não podiam falar nada, e por isso começaram a trabalhar o silêncio, a comunicação no silêncio, a descoberta do mundo orecular.” [leia a matéria na íntegra https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie08.pdf ]

 

O ator não é só ator!

“Nesse processo, nós descobrimos que o teatro é uma bruxaria, é um rito. Porque tem o amor pelo metiê, que não significa você ser só ator, mas toda a vida da gente de teatro.” [leia a matéria na íntegra https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie08.pdf ]

 

A influência do mestre Stanislávski nas bases de criação dos espetáculos do Teatro Oficina!

“A idéia é fazer um desenho de tudo o que acontece na peça ou livro ou poema e colocar a imaginação para funcionar. (…) Depois da criação desse roteiro, nós fazemos a Linha de Ação Contínua do Stanislávski, a partir dos verbos de ação. Porque o Stanislávski é uma base que nós usamos muito. A Linha de Ação Contínua é feita e cada um incorpora seu rito de preparação, ela é adaptada de acordo com as diferentes peças e suas estruturas. Toda peça tem uma Linha de Ação.” [leia a matéria na íntegra https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie08.pdf ]

 

A responsabilidade de fazer teatro em tempos de crise!

“…temos um teatro que é uma obra de arte. E nós não podemos trabalhar só quando o dinheiro chegar à conta, porque é uma irresponsabilidade ter esse teatro e deixá-lo fechado.” [leia a matéria na íntegra https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie08.pdf ]

 

Somos todos antropófagos!

“Uma atitude antropófaga é você se interessar pelo outro, comer o outro, imitar, querer entender, olhar de outro ponto de vista, se colocar no lugar do outro, mesmo que seja seu contrário.” [leia a matéria na íntegra https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie08.pdf ]

 

Hoje, aqui e agora por um teatro vivo!

“Eu acho que o Oficina teve sempre esse papel de diálogo com o contemporâneo. Em cada época está acontecendo algo diferente e o Oficina sempre trabalha ligado ao que está acontecendo, ao agora, mesmo que para isso se desloque do seu tempo e retorne em ancestralidades ou em futuros.” [leia a matéria na íntegra https://www.macunaima.com.br/cadernos/caderno_07/caderno_07_dossie08.pdf ]

 

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